domingo, 25 de janeiro de 2009

[Entre] linhas

Gosto de ler à noite, quando (quase) tudo silencia.

Quando insone me estarro na cama acompanhada de um bom livro. Agora tenho ali ao meu lado alguns agoniados para se revelarem. Calma, eu peço. Deixem-me terminar o (cansativo) Cartas a um jovem político (FHC), o Às margens do rio Sena (Reali Jr.) e outro que estou lendo homeopaticamente, o Na toca dos leões (Fernando Morais). A duas semanas acabei o bem-humorado Uma vida inventada (Maitê Proença). Apesar de clichê, confesso que algumas das revelações das experiências e espírito aventureiro da autora-atriz são intrigantes. Ao menos pra mim que não tenho o hábito de ler famosidades, tsc, tsc.

Nas noites em que o sono insiste antes da hora de repousar a beleza, costumo ler na internet. Entre um site ou outro leio alguns blogs, principalmente no Clic RBS. O da escritora gaúcha Martha Medeiros é um dos meus favoritos. Gosto de sua espirituoridade.
Além de dicas culturais ela fala sobre comportamento e universo feminino. Relendo alguns de seus posts de 2008 reencontrei um onde a blogueira chega à conclusão de que

"a gente faz um tremendo olho branco para as características que nos desagradam nos nossos queridos parceiros, em detrimento a outras tantas alegrias que eles proporcionam. Como não queremos perdê-los, a gente agüenta o tranco, até que um dia a paciência vai pro ralo, a paixão deixa de ser tão ardente e você começa a enxergar o que não via antes. E aí surge a constatação fatal: "Incrível, eu não o conhecia".
Balela. O que a gente não conhece é a nossa capacidade de fingir que não vê aquilo que pode nos provocar dor."

... e fiquei pensando a respeito. Até onde o ser humano prefere sentir que causar dor? A pessoa não quer perder a outra ou não quer perder-se?

[Individualismos. Abstrações. Profusão de descobertas.]


=)

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