domingo, 29 de novembro de 2009

Abaixo as ditaduras

Um dos aspectos mais evidentes quando trazemos à tona a crueldade e o desmando da ditadura militar é a coragem e valentia da juventude dos anos 60.
Em 2004, na época da faculdade, conheci uma pessoa que se destacava dentre as demais, pela disposição, firmeza e imponência em defender seus pares da academia.

A diferença do diferente

Há pouco mais de uma semana a mídia mostrava as manifestações brasileiras sobre o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, data escolhida por marcar a morte de Zumbi dos Palmares. É possível que minha opinião lugar-comum se torne um discurso enormesco lembrando que o surgimento do Brasil não teve nada de descoberta, mas sim de invasão, de lutas disparadas: saíram perdendo os indígenas e vieram para as terras tupis-guaranis gente de todas as etnias. Vamos admitir que ao liberar (e não "libertar") os negros, a tal princesa Isabel apostou numa ação política e não humana.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nós e os nós

Uma das gostosas recordações da infância é a lembrança que tenho de minha mãe sentada à máquina de costura. Entre uma costura e outra havia reparos para fazer à mão, com agulha e linha. Por volta dos oito anos eu brincava, aproveitando elásticos, botões, e retalhos coloridos para fazer as roupinhas das minhas filhas. Certa vez vendia peças para amigas. Cheguei a confeccionar bonecas de pano, porém nunca se interessavam e eu ganhava novas filhas. Aliás, minhas bonecas eram únicas!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Uma Dory em forma de gente

No filme Os Normais 2, Rui encontra um amigo na loja de conveniências e o cara faz uma pergunta crucial, algo tipo “Estás lembrado de mim, não?!”. Sem sucesso, Rui se esforça. O mesmo acontece novamente ao longo do longa e nada de o protagonista lembrar-se do sujeito. Coisa desrespeitosa e chata é esquecer o nome de alguém! A pessoa te encontra e se dismilinguindo toda te chama pelo nome, pergunta como vai o trabalho e dá detalhes da empresa. Ou pergunta pela mãe da gente, claro, nos chamando pelo nome e, se bobear, sobrenome. “Putz! De onde conheço esta criatura?”. Sou campeã nisso!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

São as experiências que dão vida

Imagine que você esteja segurando um novelo de barbante, procurando a ponta e quando encontra a pega com a ponta dos dedos e sem querer o novelo cai e foge do controle e a linha vai se desenrolando e o ninho de corda se fazendo aceleradamente não perdido por completo porque você se apossou do fio da meada mas agora espalha o emaranhado procurando o fim. Essa cena de segundos e sem pontuação pra mim é uma perfeita analogia pra descrever o surgimento da inspiração quando desenvolvo um texto até mesmo noticioso.

Quando deixamos cair um novelo nos desequilibramos um pouco tal qual quando a inspiração surge alheia à nossa vontade. Entretanto, quando seguramos a ponta “não perdemos o fio da meada”.
No curso de Formação de Escritores que estou fazendo no Sesc da Shark City nossa primeira missão foi criar um conto. – Alguém vai ter problemas, pensei. Chuviscaram temas como morte,

domingo, 13 de setembro de 2009

Que venha a Helena

Em se tratando de televisão gosto mesmo é de jornais, documentários, entrevistas. Mas perdi poucos capítulos de Caminho das Índias. Faz anos que brinco que chamar alguém de vaca não é pejorativo, já que se trata de um animal sagrado na Índia. Viu como é verdade? E a série televisiva caiu no gosto da massa, tanto que o episódio seria estendido por mais duas semanas, se não fossem as sessões de quimioterapia da autora Glória Perez.

Fechou nos 203 capítulos previstos, mas os finais foram longe. Com exceção do dia santo pro futebol, quartas-feiras, os noveleiros iam ao delírio pelo prazer prolongado durante as quase duas horas de trama. O último capítulo alcançou esse tempo.
E a aprendiz de vigarista saiu com cabelos ao vento, confirmando algo que eu levaria um bom dinheiro se tivesse apostado com alguma amiga novelista:

domingo, 6 de setembro de 2009

A roupa preferida

O legal de escrever é que mesmo sendo algo livre e infinito, o produto é sempre resultado das percepções e acontecimentos - às vezes banalidades - em nossa volta. Assim como nas artes plásticas, na música, no cinema, no teatro.


E esse conto surgiu de uma peripécia que minha filha revelou enquanto conversávamos no MSN. Reunindo algumas circunstâncias de sua vida por aquela semana e algumas características da pré-adolescência eis nossa produção a quatro mãos:

...Saudades daquela calça. Foi presente dado pela amiga de minha mãe... Que legal, porque rosa é uma cor naturalmente feminina. Por mim eu a usaria sempre: era abrir o guarda-roupa e ela pulava nos meus braços como meu gatinho quando eu chegava para abastecer o potinho de ração.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mocinha ou bandida?

Há quase três anos, já no final da faculdade de Jornalismo, precisei escrever uma crônica que seria publicada na página 2 do Extra, nosso jornal-laboratório. Meu tema era 'fofoca' e nada melhor que o Orkut para introdução do assunto. O site, que na época fora enriquecido com novas ferramentas, facilitava - e continua nessa função - a desfiada do assunto proposto. Meses depois o portal Comunique-se publicou meu filho. Passaria batido se não fosse o professor Ronald Saint's a observar e reconhecer. E eu era a mais faceira por ver o texto parrudinho sendo exibido pro mundo todo. Eis a crônica (que não foi escolhida para o jornal Extra, lamentei) conservada a realidade daquele momento. Será a fofoca vilã ou vítima?

Vou te contar... mas é segredo, tá?!

Mexerico. Intriga. Fuxico. Bisbilhotice. Fofoca. O que vem a ser isso senão a curiosidade desenfreada a respeito da vida alheia?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Eis a questão

A cartunista Pryscila Vieira tem uma tirinha onde sua personagem “Amely, a mulher de verdade” conversa com o computador e diz: - É Twitter, Orkut, Facebook, blogs, MSN, sites mil... No meu epitáfio por favor escrevam: Enfim, offline.

E, claro, também tenho Orkut e Twitter e MSN e esse modesto blog. Ah, ainda navego por algumas dezenas de sites. Sem contar os e-mails. Quem abomina essa parafernália chamada computador e a perdição com o codinome de internet deve estar amarrando meu nome da boca do sapo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Minha mãe é que está certa

Uma vez eu era criança. Minha marca registrada eram as trancinhas ou as marias-chicas que dona Dilma caprichosamente fazia em minhas crespas e (sempre) volumosas madeixas. Na década de 1980 eu não desfilava com tic-tacs lindinhos daqueles com brilhinho fosforescente e tudo (entenda-se Glitter), muito menos usava borboletinhas com strass, marias-chiquinhas ou elastiquinhos (?) coloridos semelhantes aos que minha filha usou um sem número de cores e modelos. Isso não constava na lista de prioridades; era caro. Se eu tinha uns poucos desses, foram presentes que ganhei e só usava quando ia à missa.

Para prender meu penteado sempre perfeitamente repartido ao meio, minha mãe cortava tiras de tecido e decorava minhas tranças. Às vezes surgiam em casa umas fitas de cetim que tinham comprimento pra dois bons laços. Tcharaaam, era o enfeite!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Acerca da paciência do ser

Gosto bastante de trocar ideias sobre o "ser" e, confesso, sinto dificuldades pelo fato de o mundo estar cada vez mais voltado para o "ter". Pode ser utopia. Vou ser condenada como alucinada, fora da realidade, viajona. Contudo, sigo firme em meu propósito, incluindo leituras que contribuem para a minha evolução humana, para meu crescimento pessoal e bem-estar das pessoas com as quais convivo.

E faço constantemente o exercício da serenidade, do equilíbrio. Vale abrir parênteses para meus picos "Saraiva" - ótimo personagem do saudoso Francisco Milani em Zorra Total -, mas são espamos e, já justificando, me policio: em algumas situações é preciso exercitar mesmo a tolerância (e a tarefa é um tanto árdua que por vezes vira "tolerância zero").

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Invisível e nonsense

Sem introduções que ponham seu cérebro a queimar fosfato para descobrir sobre o que me refiro agora, de cara começo contando que fui ao cinema conferir a “Mulher Invisível”. Quem salvou o elenco? Fernanda Torres, claro! Nem de longe seriam os protagonistas Selton Mello e Luana Piovani.

Um cara, desolado após ser abandonado pela mulher, atende à porta e a vizinha, toda sensual, lhe pede uma xícara de açucar. A partir daí começa uma história cansativa mesclada à beleza de Piovani.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O (meu) porquê do Twitter

Horas atrás, limpando a caixa de entrada do Gmail, minha atenção foi atraída por alguns convites para entrar no Twitter. Ontem, no http://www.digestivocultural.com.br/ , o editor falava dos benefícios em substituir os feeds pelo Twitter. Voltando ao hoje, um contato do Messenger se identificava com a palavra ”twittando”. É o fim, pensei!

Melhor dizendo, é o começo: forças ocultas me persuadiram e lá fui eu abduzida para mais esse meio online.Cedi à tentação, recuperei minha senha e terminei meu perfil no
http://www.twitter.com/ (sim, confesso que já havia iniciado, nem recordo quando, mas não encontrei objetivo).

domingo, 22 de março de 2009

Pro alto e pra frente

Dias atrás assisti ao show da “Senta a pua”, banda lagunense que naquela noite lançou seu primeiro CD, o “Muito além do meu jardim”. Apesar de já ter ouvido trechos das músicas, não conhecia os integrantes, mas acabei aceitando o convite de seis belas mulheres e, confesso: foi ótimo ser Maria vai com as outras.

Gostei bastante das dez músicas próprias, das melodias e arranjos, da energia boa do público, de ver a euforia dos amigos da banda, todos lá aplaudindo o glorioso momento dos músicos. Gente! O que foi a participação de Gero Perito e de Joãzinho, relembrando os tempos da Ave de Rapina? Todos bradaram efusivamente “Som, baladas e blues”. De arrepiar!

Mais sobre a banda está disponível em http://www.sentapua.net/.

=)

Falando em boa música, o Roupa Nova passou na cidade semana passada. Perdi...

=)

Passei aqui para tirar o pó do ambiente. Alguns exames na visão tem me impedido de navegar com frequencia. Que eu não demore a voltar às atividades normais. Pensando nisso, me estendo a pensar no quanto fiquei (mais) atrapalhada durante os dias em que não pude usar meu par de lentes de contato. Senti receio de sair de casa e não compreender o mundo ao meu redor, completamente desfocado.

Acabei de descobrir o sentido real da máxima “a um palmo do nariz”: É exatamente esta a distância perfeita entre eu e os objetos (os textos, principalmente) para que possam ser enxergados com nitidez. É esta a distância que separa meu rosto da tela do computador. Dói coluna e pescoço. Logo a enxaqueca sinaliza.

Continuo sem uma das lentes. Incômodo, mas menos mal. Queira Deus que seja somente mais esta semana.

=)

A Unisul Tubarão formou uma turma de Comunicação Social na noite de ontem. Não pude comparecer e lamentei. Aliás, não pude fazer nada neste find... Amanhã lembrarei de ligar pros jornalistas que entram pra irmandade. Felizmente esses meus amigos já estão na área, já entendem do ofício ou pelo menos ensaiaram algumas das dores de delícias do nosso cotidiano. Não é fácil. Contudo, é prazeroso.

=)

Ontem conversei com uma delícia de jornalista que tive a feliz oportunidade de trabalhar ano passado, embora já admirasse antes. Ela, nordestina, pode não ter se dado conta, mas já recebeu a condecoração de cidadã tubaronense. Ela, nordestina, nos dá o prazer de ler muitas impressões da infância em sua terra natal mescladas à vasta e reconhecida vocação para jornalista e cronista.

Salve, GermanoUna!

O que estou falando foi traduzido em http://www.dedo-de-prosa.blogspot.com/. Não deixe de conferir lá. Depois me fale.

[...] depois de enterrar minha mãe e já ter enterrado meu pai e meu irmão, minha tia me chamou à cozinha dela. Sozinhas, ela me disse: seja constante, ignore todo o resto. Tenha sempre um espelho na bolsa e se olhe mil vezes ao dia, assim você será constante. Se olhe. Se queira bem. Se cobre. Desse modo seu amor por você vai rebater qualquer tiro que venha de fora [...]*
[Germana Telles]

Isso é o regar o amor-próprio. Imprescindível.

*Este fragmento não integra o "Dedo de prosa". Risos.


=)

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Começo, novidades, vitórias

Passado o carnaval (festa da colheita ou da carne?), férias encerradas, ano letivo iniciado. Ufa! Agora o ano arregaça as mangas e ruma para o próximo reveillon. É engraçado e ao mesmo tempo lugar-comum esse comentário ecoado aos quatro cantos do país: "o ano começa somente depois do carnaval". Mas é fato, principalmente para quem mora no litoral e tem o privilégio de tirar férias no verão. Positivo para a economia das cidades praianas. Particularmente, quinze dias de papo pro ar estaria ótimo! Os quinze restantes poderiam ser tirados lá em julho, naquele friozão. Ai, ai... Eu passaria todas as manhãs usando meu traje favorito, o único que me faz gostar de inverno: pijama, meias e pantufa. Férias + pijama + cama: Delícia sem culpa. Janeiro e fevereiro servem para que o ano se espreguice. Encerradas as folias de Momo, as coisas vão se aprumando. Graças.

=)

Essa semana minha casa ganhou um novo habitante e minha vida um pouco mais de graça. Maquiavel chegou. Eba! É um gatinho siamês que ganhei de presente de uma amiga. Como toda boa mãe, a do Maquiavel dedicou-se a amamentar o filhote. Agora, com um mês, fortinho, mudou de lar. Que judiação afastar o bichano de sua progenitora, não? Não, claro que não. Com ele veio a mesma roupinha de cama que usava enquanto estava com a mãe. Penso que tenha funcionado, pois não estranhou o novo ambiente e quando não está feito sombra atrás da gente tentando agarrar nosso pé, está enrolado na cobertinha. Fofo.

Por que se chama Maquiavel? Porque eu e mana acatamos a sugestão de Tiago.
Também por eu simpatizar com Nicolau Maquiavel, o astuto príncipe italiano (Niccolò Machiavelli) incompreendido (?) pela maioria de sua época, há mais de quatro séculos. Uns dizem que ele abusou do poder, outros, que ele foi um pobre de espírito... A partir disso surgiu a expressão "maquiavélico", comumente associada a atitudes tiranas. Má interpretada, pois em seu livro, O Príncipe, o pensador publicou suas maneiras de pensar e de agir enquanto governante. A leitura é vista como um manual da política. Mas eu diria que traz boas lições para serem aplicadas às diversas personas cotidianas nossas. Comungando com artigos relacionados, se bem interpretado, O Príncipel, de Maquiavel, ensina pra vida.

=)

Formatura de graduação é o que há! Ontem tive o prazer de ver Geyse radiante trajando beca e capêlo, colando grau em Enfermagem. Nobre profissão essa de lidar com a dor dos outros e às vezes 'os outros' ser um irmão ou mãe em seu leito de morte, com o enfermeiro completamente coração precisando ser razão. Nobre a área da saúde, compreende a vida e a morte. Corriqueiras, mas incompreensíveis ao entendimento humano.

Parabéns, amigona! Teu caminho é brilhante porque reflete a pessoa que és.
Uhuuuuuu!!! Te amo, nega!

[E meu vestido Nelita Nascimento? Essa minha estilista é um arraso. Sortuda, eu! \o/]

=)

Maquiavel estava em meu colo atento aos movimentos de meus dedos no teclado. 'Veio vindo', até que a patinha nervosa digitou uma sequencia de des e efes. Haha. Depois matar a curiosidade caminhando pé por pé sobre minha mesa se trabalho, sem derrubar nada (acho o máximo a leveza dos felinos), repousou sobre meu pulso esquerdo e acabou caindo em sono profundo embalado pelo movimento do digitar. Continua aqui (sim, fotografei. Logo mais posto no Orkut). Gato, você desmaiou?


=)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Terapia da leitura

Desde criança sou fã dos livros. Não lembro de a preguiça ter ganho a batalha sobre alguma leitura. Havia a Coleção Vagalume, com mais de 25 livrinhos que na quarta série (hoje quinto ano) eu devorava cada um e depois fazia fichamentos. Como eu vivia ali com os personagens. Aventuras, romances, comédias... e eu ali aprendendo a viver entre eles. Depois passei a ler Jorge Amado, Machado de Assis e outros grandes nomes da literatura brasileira, quase obrigatórios no Ensino Médio. Eu me encantava e ia além. Quando prestei vestibular acabei não lendo o que foi recomendados por lembrar vagamente das histórias. Um deles era A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Brinquei com a sorte, dirão alguns, mas felizmente me saí bem.

Até que, na época da faculdade, passei a ler mais de um livro por vez, dava a impressão de ganhar tempo. Naquele período não tinha o hábito de comprá-los, usava os do rico acervo da universidade, já que procurava mais sobre a área da Comunicação. Depois de formada passei a comprar com mais frequencia, algo que continua me realizando duplamente.

Primeiro, porque não saio determinada a adquirir tal livro, mesmo já sabendo qual eu quero. Passo um bom tempo na livraria namorando-o, lendo sinopse e outras leituras do gênero ou mesmo autor.
Segundo, porque no http://www.submarino.com/ e no http://www.saraiva.com/ há ofertas tentadoras, melhores que nas livrarias da cidade. O frete grátis para compras superiores a R$ 49,90 "me fazem" adquirir bons livros (desde que não sejam lançamentos, of course) quase pela metade do preço da Nobel ou da Santa Fé, por exemplo. Ficção, técnico, religioso, literatura, brasileiro, estrangeiro... tá tudo ali.

O prazo da entrega também é razoável, em no máximo três dias os correios deixam aquela caixinha mágica que eu abro com água na boca, antecipando na memória o cheiro de livro novos que estou prestes a manusear. Amo! Papel, capa, projeto gráfico, imagens... Ai, de-lí-ciaaaaa!
E de tudo eu leio. Um psicólogo não teria não teria dificuldade em orientar-me por meio da leitura terapêutica. Alguns estão fazendo isso, utilizando a biblioterapia. Depois de ouvir e conversar com o paciente, o terapeuta 'prescreve' leituras que auxiliem na compreensão da fase passada pela pessoa.

Nesta época em que cada vez mais o ser humano necessita 'profissionalizar' sua vida e 'padronizar' suas atitudes, pode ser uma alternativa positiva sim. Com a força de publicações bem abordadas pode ser realmente interessante que o profissional que estamos compartilhando nossos problemas nos sugira autores que em tese podem somar ao tratamento. Independente de indicação especializada, há livros que parecem ter sido escritos por nós, de tanto que nos identificamos. Outros parecem perfeitos, de tanto que aprendemos, nos norteamos, dirigimos nossos comportamentos. O legal é que muitas leituras não trazem algo extraordinário, mas o novo olhar ao que direcionam situações comuns acaba envolvendo o leitor.

Particularmente procuro seguir a prática da professora Darlete. Alterno gêneros. Outro dia li ‘O guardião de memórias’, de Kim Edwards. Adorei! Fala de um médico cuja mulher teve um casal de filhos gêmeos e a menina nasceu excepcional. O homem fez o parto. Ao perceber e não aceitar a condição, antes mesmo que a mãe visse, pediu que a secretária levasse a bebê 'diferente' para uma espécie de orfanato que abrigava casos semelhantes. Ele disse à esposa que a filha não havia resistido e faleceu. A secretária, com compaixão, não deixou a criança como foi orientada. Sem saber disso, o médico passou boa parte da vida com o peso da mentira e a esposa, com a dor da perda da filha que nem chegou a ver. O enredo é fantástico e comovente. A riqueza de detalhes deixa a leitura envolvente do início ao fim, entretanto é intrigante.

Depois deste li um bem no estilo sessão da tarde, o ‘Antes mal-acompanhada que solteira’, de Wendy markham. Uma mulher desgostosa com a vida pessoal, profissional e com o excesso de peso, amava um namorado que não estava nem aí pra ela. Quando o cara precisa se afastar por motivos profissionais, Tracey, a protagonista, faz de tudo para entrar em forma na tentativa de resgatar o amor - que nunca existiu - entre eles . Até que descobre que fará bem a si própria. Leve e divertido. E não deve ter sido por acaso que a autora imprimiu na Tracey um muito da alma feminina.

O que vale é estar dispondo a recomendar e aceitar boas recomendações de leitura. Consideremos que antes de tentar ensinar algo, o autor conseguirá mais um discípulo se souber contar uma boa história. Dependendo, eu devoro! Os meus preferidos são crônicas e biografias. Mas leio romance também, lógico. Auto-ajuda fica lá atrás, mas têm autores muito bons. Gosto de Augusto Cury e do Roberto Shinyashiki.
Quanto aos empréstimos, uma amiga criou uma prática legal pra ter seus livros devolvidos (também-morro-de-ciúmes-dos-meus. Prontofalei!). Ela não empresta, mas troca. Menos risco de perder de vista suas caixinhas de surpresas, além de evitar que vá parar no antro de algum desalmado.

=)

Apesar de gostar muito de livros, há que se ter cuidado ao dar este tipo de presente. Já ganhei títulos ótimos, mas já fui presenteada com alguns (bem poucos, graças!) que quem me deu merecia cartão vermelho! Por que não sonda antes? Poderia perguntar a algum amigo qual o estilo preferido, não?!, como se faz em qualquer circunstância. Já disse Arnaldo César Coelho que 'a regra é clara': bom senso nunca é demais.

Quase presenteei com 'O Físico', de Noah Gordon. Ainda não li, mas sengundo as críticas é bom. Acabei não dando. Quem sabe numa próxima comemoração (nota mental: a ocasião a gente cria).



=)

Sem conteúdo

Estou entre a internet e a TV. Lendo blogs, falando com uma amiga que está no Paraná (ui, saudadona!) e ouvindo o programa dominical da Eliana. A bela apresentava um quadro novo (?) em que dois cantores teriam que adivinhar a música que o DJ tocava em rotação alterada. Os participantes eram Alexandre Pires e Perlla. Alexandre ganhava a parada e em sua última resposta ele falou que era de "Wando... e dá-lhe calcinhas". Aí Perlla soltou uma pérola: "Eliana, eu já perdi. Essas músicas não são de minha época... essa história das calcinhas... eu só tenho 20 anos, sabia?".

Que a moça seja jovem, funkeira e tenha iniciado sua carreira sem ao menos ter ido visitar um baile funk, tudo bem. Agora, jamais ter ouvido falar que Wando coleciona calcinhas...! Bom, tenho uns anos a mais que Perlla, mas cresci ouvindo isso. Não faz um mês que um site de variedades falou no assunto citando que a coleção do cantor é composta exclusivamente por peças jogadas ao palco durante o show. Confesso que fiquei pensando se a mulherada leva uma calcinha extra na bolsa, seja pra satisfazer o desejo de entrar pro acervo ou para vestir depois...

Perlla foi projetada pelo DJ Marlboro e recentemente gravou com Latino (argh!). Deve ser mais uma dessas que logo vai virar fumaça. Ela também é fraca na dança. Foi a primeira eliminada do quadro Dança dos Famosos, no Faustão (bom, se chegou a emplacar na Globo não deve ser um produto tão ruim assim: que nada, é que quanto pior, mais tem saída, infelizmente). Além de fazer sucesso com um estilo vazio, a MC assinou também ser desprovida de conteúdo. Isso sim que é um "tremendo vacilão", rss.

No final do quadro Alexandre cantou uma de seu disco "Em casa", com Perlla. Será que alguém deu uma colherada de informação pra MC? Ai, que medo! Avisaram que essa música "Te amar sem medo" que a jovem faz participação especial é uma regravação lá da década de 1990, da época do SPC e seu estilo pop-romântico? Bons tempos, apesar de eu não ter muita paciência com essa melação ('quero te amar sem medo, não tem segredo, eu vou tentar te seduzir; quero te amar sem medo, de manhã cedo, até a hora de dormir'... ai, chega!). Mas no "Em casa", entre outras, tem a velha Mineirinho e Sai da Minha Aba. Ah, Perlla. Se manca!


=)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sumir ou assumir-se?

Hoje tive a sorte de participar da palestra de Clarice Leal que esteve em minha cidade. Para falar sobre a importância de exercitar gestos engrandecedores na vida, ela abordou o tema “Cabeça, Coração e Coragem” e deu bons sacudidões no público [é... eu estava lá].

Sem mágicas, mas por meio de boas analogias, a psicóloga lembrou que por todo lugar há pessoas cursando pós-graduação em chatice e inconscientes disso. Hmm: "alguns já são doutores", confidenciou. Os seres em questão são aqueles que pegam a vida com a ponta dos dedos, que se a vida está boa está bom, que ficam racionalizando tudo e todos. Que chata essa tal de razão, hein? Insiste em entender, entender, entender.

A vida não foi feita para ser entendida, mas para ser vivida. E cuidado: muitas vezes o bom significa o morno, o mais ou menos, o inimigo do ótimo... é por essas e outras que quando alguém encontra algo ou outro alguém que seja ótimo ao seu modo, o bom (ou morno, ou mais ou menos) acaba sendo sepultado. Cuidado!

Teve um momento em que Clarisse beliscou. Pediu desculpas, mas beliscou. "Tem que ser bom de pegada", ela instigou. Bah! O que se pensa ao ouvir isso? Passe no balcão à esquerda e pegue seu brinde. Entusiasmo, vontade, tesão! A vida requer esse vigor. Comentei antes que a palestrante não trouxe nada de extraordinário. Ocorre que é mais cômodo viver de coadjuvante, embora a passagem pela terra exija que você seja protagonista, que adapte o comportamento apresentado pela outra pessoa para uma situação desejada por você e a seu favor.

"Chegou atrasado, amor? Sem problemas, façamos outro programa"; "Derramou o leite, filho? Não é grave, vamos limpar isso, mas preste mais atenção da próxima vez [claro! ela palestrava para professores e isso é educar]", "A consulta foi adiada? Ah, vou aproveitar essa horinha com outra coisa importante"... e por aí vai. Otimizar! Manter os nozinhos menores que a gente. Simples assim.

Utopia? Não sei... Papo chato? Quem sabe?... Autoajuda? Talvez... Poderíamos fazer um esforcinho para equilibrar mais frequentemente cabeça, coração e coragem.
Ousar mais, viver mais. Motivação.
Nessas minhas percepções deve ter apenas uns dez por cento do que a terapeuta revolveu. Foi citado a obra de Nelson Rodrigues "Perdoa-me por me traíres". Se você não conhece, dê uma pesquisada na pertinência da coisa. Muito bom.

Nascemos cheios de luz. Fato. Contudo, permitimos que nossos disjutores desarmem diante das correntes negativas das broncas, pepinos e abacaxis que encontramos (ou procuramos?) no cotidiano.

As pessoas felizes são boas de pegada. Que tal reverenciar os convites da vida à evolução?

=)

Ao criar o blog, quando "descobri" que dava para fazer um cabeçalho (ou capa, ou como você preferir chamar) personalizado, logo me surgiu de usar a imagem de girassóis. Essa flor é maravilhosa. A cor é intensa e a planta, altiva, com tendência a ficar de frente para o sol. É vivo! Me identifico completamente com o amarelo, mesmo sem saber seu significado. Sabe aqueles filmes que mostram imensas roças de girassóis? Me vejo ali, trocando energias com as flores e tomando a lição de olhar pra frente, enxergar acima...

=)

Delícia (no sentido literal) do dia foi a torta italiana que Gaby levou pra gente em comemoração ao seu niver. Como eu havia esquecido da data (que feio! Estou me tralhando para melhorar isso. Sério.), a queridona não ganhou presente "ainda". Tchan-tchan-tchan-tchan.



=)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Quem canta...

A Festa do Camarão está movimentando a Zimba (cidade gostosa é essa Imbituba) neste final de semana. Aqui pertinho...
Meu município localiza-se a 40km de Laguna (cidade histórica, terra de Anita Garibaldi), nossa praia mais próxima. A cidade seguinte é a Imbituba das baleias francas. Capital Inicial está ali hoje à noite na Festa do Camarão. Amanhã tem uma reggaeira legal também... gosto de ambos estilos. E hoje o Entre Elas faz pagoderia numa festa aqui perto de casa. Bom também.

A música eleva o espírito sempre. Seja violão e voz ou heavy metal, todos têm ouvidos. Graças! Agora, vamos combinar: funk é demais. Urgh! Tudo bem que as descidinhas até o chão fazem a alegria da galera pra lá de Bagdá no fim de noite. Mas as composições, sem comentários.
Eu pediria que atirasse a primeira pedra quem nunca fez esse pecado da agachadinha, mas lembrei de algumas pessoas que jamais cairiam na tentação.

O historiador Amadio Vetoretti sempre fala que as maiores invenções aconteceram na década de 50, depois disso, houve apenas aperfeiçoamentos.
Com a música é semelhante, o bom pop e rock nacional anos 80 (Capital Inicial que o diga) hoje surge com novas versões, com algumas influências estrangeiras - como sempre - mas é o que é.

Mesmo assim é bem mais fácil relacionar o que não me atrai. Gosto de diversos toques e batuques. Instrumentos de cordas são bárbaros (como diria a gaúcha Tê). Muito legal.
Certa vez inventei de tocar violão. Gil Medeiros, o instrutor, estava bem animado e eu também contentinha, já tocava Asa Branca e Hey Jude (rss) de olhos fechados. 'Fomos indo', para a felicidade dos meus dedinhos que já estavam calejadinhos. Quando fui apresentada aos sustenidos e bemols não consegui (eu nao perseverei?) ficar íntima. Au revoir...

Meu sonho é tocar percussão (parece mais fácil). Já viu como tudo quanto é tipo de objeto sai som? Difícil é dar uma de Ana Carolina, que faz miséria com o pandeiro! Não há como não parar pra se deliciar.
Dom é algo nato, só pode. Não toco e só canto no chuveiro. Resta-me entrar na dança. No ritmo da música, do que gira ao meu redor. "Dançando onde ninguém pode me ver. Dançando pra tentar me esquecer. Parece uma festa que não terminou", cantou Capital em Dançando com a lua.

=)

Sábado, calor. Final de semana de praia, mais um. Maravilha! Nem de longe sou rata, mas o sol e o azul do céu são convidativos, sugerem disposição para viver o dia. Inspirador.
Que vivamos este domingo com muito prazer. Antes de tudo, é preciso QUERER.


=)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Don't worry

Há uma historinha contando que certa vez uma menina teve seu vestido respingado de lama. Irada com a amiga que fez isso, a criança queria tomar satisfações imediatamente, mas sua avó a impediu, permitindo mais tarde, quando a sujeira já estava enxuta. A menina não foi. Desistiu. A raiva já havia secado...

Minutos atrás eu conversava com um colega e me surgiu essa analogia. Gosto muitão por ser um exemplo simples assim e também por ter personagens singulares. Criança é pura intuição. Quanto aos avós, imensa sabedoria. Mas criança deixa de ser criança. Nessa de se autoconhecer e descobrir o mundo ao redor os adultos sofrem perdas. Crescem, obviamente; embora alguns apenas em estatura e sentimentos que os exasperam e os diminuem como ser humano. Lento amaducecimento. Dos males, ficam os rompimentos, os ressentimentos, até que a lama seque, que tudo, ou boa parte - tomara que a maior parte - seja superado.

Eis que meu colega se inspira em Lulu Santos (bingo!). Anota aí:

Ainda vai levar um tempo
Pra fechar o que feriu por dentro
Natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim
Ainda leva uma cara, pra gente poder dar risada
Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade.
Não vou dizer que foi ruim, também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal (notal mental, haha), apenas não te quero mais.

Mas não nos afobemos, diria minha mãe. O que seria de nós indefesos homenzinhos sem nossas mães (ou tias, madrinhas, avós), não?

Não nos afobemos.

Vou ali grafitar [pichar não é arte, dizem alguns] isso nos muros e prédios. Já volto.

Ah! Be happy, que tudo fica diferente [Martinália, és ótima!].

=)

"Preparando-se para escrever um livro".
Está escrito isso no MSN da Carine. Segundo ela, ainda é apenas desejo. Seu talento nervoso me traz expectativas desde já.
A moçona me convidou pra conhecer o novo (pra mim, mas tudo bem) cafofo. Atiçou. Risos.
Beijos, guria!


=)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

[Des] contente

De saída pro trabalho. E trabalho! É trabalho! Telefonemas, contatos, intermédios, apuração, impresso, imprensa, rádio, internet, notícia. Novos telefonemas, entrevistas, confirmações, revisões, edições, informações. Rebolado. Soluções. Quanto riso. Porque quem não ri está doente ou não contente.

Resultados. O barulho do fazer inspirou Martha Medeiros. Sentir é melhor, ela disse. Fazer é muito barulhento – e o mundo te exige estilhaços ensurdecedores produzidos com a melhor expressão.

Estardalhar e rir são os abre-alas, mas o diabo é cor-de-rosa, pois o enredo não é tão prazeroso como aparenta. Os poetas traduzem o que não conseguimos manifestar: é preferível sentir. Sem alarde [quer saber?], às vezes é desejável tornar-se vinho fora da pipa. Sempre sorrindo. Rindo, nem sempre... não, ninguém doente.

=)

Sempre tive curiosidade sobre o que a astrologia tem a dizer acerca de meu mapa. Detalhe: meio cética, não consigo acreditar nas semelhanças entre pessoas do mesmo signo e muito menos em previsões. Sei que sou um signo do Ar (é assim que se diz?), mas nem imagino qual é meu inferno astral ou signo ascendente.

Detalhe²: Certa vez um colega, jornalista pirado, precisava fechar sua coluna sobre horóscopo e alguém não enviou para seu e-mail o conteúdo a ser publicado. Jornal impresso trabalha com horários de gráficas e tal. Resultado: se orientando pelas previsões da edição do dia, meu colega rapidamente escreveu por sua conta as do dia seguinte.

Geminiano é curioso. Fato. Nessa de querer saber mais a respeito, mesmo sem crer direito, ontem me senti 'instigada', rss. Perto de onde eu estava havia um grupo de pessoas falando sobre o assunto com tamanha eloqüência, que cadastrei meu nome completo, local e data de nascimento em um site que esqueci o nome (depois eles mandam uma confirmação, aí saberei o endereço). Aí tem lá um plano para usuários básicos e outro para vips. Este é mais aprofundado, publicizam eles na página na internet. Vamos ver no que vai dar essa história de numerologia, tarô e sei-lá-mais-o-quê.


=)

sábado, 31 de janeiro de 2009

Espiar, eu?

Faço coro com Lulu Santos para cantar que “não desejamos mal a quase ninguém”. A parcela não quista pela gente é aquela que junta uma goma mascada, mastiga novamente e descobre que o negócio está novo. Cara! Eu ainda não acredito direito que aquela morenona do Big Brother conseguiu tamanha proeza.

E nem foi o chiclete do comercial de Cauã Reimond. Depois o Trident usado pelo ator – e testado pelo fã se ainda estava ‘novo’ – foi leiloado por R$ 349, revertidos para uma Ong paranaense (ou paulistana, não lembro). Peço licença a Ronaldo Sant’Anna [ai de mim se errar a grafia deste sobrenome!] para escrever um sonoro “i-na-cre-di-tá-vel!”.

Nem sei como começou a história, porque no horário do BBB prefiro colocar a leitura em dia ou navegar pelo mundo online [e nem assim eu li sobre isso, haha]; mas a Gaby me chamou em sua mesa para mostrar a bobeira (parênteses: por que será que as empresas bloqueiam acessos a um site ou outro, hm, hm?). Sorry, Gaby: te entreguei.

Não assisto ao BBB porque não me atrai. Após passar o dia a matar leões e descascar pepinos é justo relaxar com um entretenimento menos massante e não com um programa manipulado-pra-lá-de-chato-e-sem-conteúdo. Um verdadeiro chiclete usado. Esse vício eu passo.

Não critico que assiste, Duzoviski (risos). Só não me enquadro no grupo que diariamente durante o cafezinho adora discutir o norte do programa. Tudo bem, às vezes sou chatéenha, mas é cada um com seu cada qual [tá certo. Leia isso aqui no intervalo e nos próximos reclames volte para comentar o post, rsss].

Tem sentido dar audiência a um enlatado já esquadrinhado do início ao fim? Só se for para a dona Naiá lá exercitar sua juventude e causar a polêmica que o público tanto gosta. Se tivesse um amigo no grupo (Erickão, você merecia. Sério!) naquela vida mais ou menos, rodeado por pessoas – normalmente nem tão – agradáveis, talvez eu desse a espiadinha que as chamadas tanto insistem.

A única parte interessante é que os aspirados podem ter sucesso na vida artística. Ah! Quase esqueço que o prêmio final não tem preço. But, por todos os motivos óbvios eu não ousaria: nem pelo milhão!

Aquela goma mascada teve seus segundos de fama. Fato! E a morenona, de imundície. Superou-se pela fama. Peraí... E se o chiclete que ela cavou fosse de um famoso? Poderia sugerir ao Bial que mandasse para análise. Vai que valesse mais que o de Cauã? No vídeo da web ela fala que estava bom, ou que ainda tinha gosto, sei lá. Entonces, fazia pouco tempo que a gominha fora jogada ao relento.

Meu avô falava que bicho maior come o mais pequeno... juntar um chicletinho da grama não deve ser pior que comer meleca de nariz, fruta sem lavar, areia da chuva (isso quando criança eu fazia sempre. Prontofalei.) ou beber no copo de um desconhecido.

"A quase ninguém", Lulu falou. Nem passou pela minha cabeça que a abestalhada merecia mesmo era ser infectada por herpes. Argh.

=)

Essa semana, passando por Garopaba, jantei no Lubt, o agradável pub localizado no trevinho da praia da Ferrugem. Não lembro (sou ótima em esquecer informações) o nome do que foi servido, mas é um peixe com molho agridoce maravilhoso, acompanhado de um arroz mágico e salada verde com tomate seco. Sem palavras. Com esse prato eles venceram um concurso de gastronomia promovido na cidade. Tudo de bom!


=)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ritual da passagem

Uma acne exatamente entre as sobrancelhas, sempre sonhei em me tornar um unicórnio! Mas que não seja aquele Uni da Caverna do Dragão, porque ultimamente tô mais para os tipo Ursinhos Carinhosos. Alguém lembra como eram cuti-cutinhos? Pois é... tô preferindo evitar badalações. Melhor é ficar recolhida em uma nuvenzinha, lendo, arejando a memória, abstraindo, recarregando energias, exercitando a serenidade, silenciando.

Acnes em meu rosto não chegam a ser incômodo, mas estou percebendo a ocorrência freqüente e nem tenho problemas com oleosidade... talvez a fase seja amenizada com uma limpeza de pele [nada mal voltar a me oferecer estes minutinhos de atenção]. Ou vai ver que involuntariamente meu organismo esteja sendo solidário à pré-adolescência de meus filhos. A menina se sente irritada com o maior surgimento de acne que o menino. Como toda boa mãe, eu oriento: “Não mexam nas bolhinhas pra não ficar uma cicatriz feinha”. Mas confesso que é difícil resistir à tentação – mas não impossível. Logo isso passa. Não apertem as espinhas, filhos-lindos-da-mamis!

Aiiin... “logo” a fase adolescente passa... alguém deve estar adubando o pé destas plantinhas, porque os dois estão e-nor-mes, gi-gan-tes, i-men-sos! O moço está maravilhoso com a voz entre graves e agudos e outras características do ritual da passagem. E a moça... bem, a moça está uma “moça”. Socorro!

Quando eram bebês eu os comparava a filhotinhos de outros animais. Aham! Já percebeu como pimpolhos se adaptam aos limites e determinações? Não é à toa que é de pequeno que se torce o pepino. Se não endireitar desde minúsculo, adeus! Educar é simples assim. Um justo (?) sistema de semi-liberdade.

Quando vejo aquelas crianças má criadas, folgadas, penso: essa cria deveria ter sido comida pela mãe assim que nasceu. Porque tem aquela piadinha do recém-nascido que a mãe o olha todo fofinho e diz “aaah, que lindo! Que vontade de comer!”. Depois que o filho cresce sem o comportamento desejado, e quase nunca bem educado, a mesma mãe olha e pensa “me arrependo por não ter comido!”.

Graças, nunca me ocorreu isso com relação aos meus (nem tão) pequenos e não é falso olhar. Não! É que qual a serventia dos limites se não fosse a de serem aplicados? Bingo! Não é o mundo de hoje que está difícil, mas os pais que perderam a noção do perigo. Meu lado Supernanny está sempre presente.

Urgh! Ao reler tudo isso acabei beliscando a tal espinha na minha testa. Lá se foi o ensaio do unicórnio.

=)

Um feliz dia novo pra nós.
Desejando, acontece.


=)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Myself

Quem sou eu:

Admiradora das palavras. Gosto de brincar com elas. Ouvi-las bem ditas. Benditas! De escrever, jogar com linhas e entrelinhas: trazem surpresa, sarcasmo. Levantam interrogações, exclamações [ou reticências].
Fico atenta. Interpretar o subentendido é para poucos: estes têm minha consideração. Sério! Gosto de pessoas perspicazes. Obviedades não me atraem. Deixam-me entediada. Minha atenção se prende no não-dito.
Percepções.
Impressões.
Reações.
Experimentações.
Emoções.
Caras e bocas: sutilmente [ou não].
Fascinante.
Característica do geminiano?
Talvez... de jornalistas? Quem sabe...
de Marcia Silva, provável.
Sorrisos. Olhos. Sobrancelhas.
Expressões faciais também são impressionantes; impressionáveis.
Sonoras. Silenciosas.
[In] compreensíveis. Ousadas.
Às vezes, intrigantes.
Assim como as pessoas, assim como eu...
Normal.

...conclusões de um momento [ins] pirador ao criar novo profile para o Orkut, rss.

=)

Hoje pela manhã estive com meu super-ultra-mega-power-amigo. Em certo momento da prosa ele falou que isso já dura 14 anos. Nossa! É bem crescidinha nossa amizade.

Havia passado rapidinho para acompanhar o trabalho que ele e sua equipe estão desenvolvendo nesta semana. Mas as companhias estavam tão boas que dei uma tapeadinha e acabei ficando um pouquinho mais por lá, hihi.

Te amo, sabia, neguinho?!

=)

A poucos minutos, falando com uma amiga no MSN, disse que estou brincando de blog e, claro, pedi que ela fizesse uma humilde visitinha básica aqui de vez em sempre. O problema é que a bUnita levou um tombo de moto e deveria estar repousando.

Segundo ela, esse tal repouso é bem chatinho. Eu comungo da opinião, nunca gostei desse cara. Porém, como a vida não é feita apenas de flores, ao repouso, moçona! E como você falou, "até a próxima queda!"
Brincadeiras à parte, se não se aquietar o "repolho" vai demorar mais a sumir: juro que nestas horas eu queria ser cartoonista!



=)

domingo, 25 de janeiro de 2009

[Entre] linhas

Gosto de ler à noite, quando (quase) tudo silencia.

Quando insone me estarro na cama acompanhada de um bom livro. Agora tenho ali ao meu lado alguns agoniados para se revelarem. Calma, eu peço. Deixem-me terminar o (cansativo) Cartas a um jovem político (FHC), o Às margens do rio Sena (Reali Jr.) e outro que estou lendo homeopaticamente, o Na toca dos leões (Fernando Morais). A duas semanas acabei o bem-humorado Uma vida inventada (Maitê Proença). Apesar de clichê, confesso que algumas das revelações das experiências e espírito aventureiro da autora-atriz são intrigantes. Ao menos pra mim que não tenho o hábito de ler famosidades, tsc, tsc.

Nas noites em que o sono insiste antes da hora de repousar a beleza, costumo ler na internet. Entre um site ou outro leio alguns blogs, principalmente no Clic RBS. O da escritora gaúcha Martha Medeiros é um dos meus favoritos. Gosto de sua espirituoridade.
Além de dicas culturais ela fala sobre comportamento e universo feminino. Relendo alguns de seus posts de 2008 reencontrei um onde a blogueira chega à conclusão de que

"a gente faz um tremendo olho branco para as características que nos desagradam nos nossos queridos parceiros, em detrimento a outras tantas alegrias que eles proporcionam. Como não queremos perdê-los, a gente agüenta o tranco, até que um dia a paciência vai pro ralo, a paixão deixa de ser tão ardente e você começa a enxergar o que não via antes. E aí surge a constatação fatal: "Incrível, eu não o conhecia".
Balela. O que a gente não conhece é a nossa capacidade de fingir que não vê aquilo que pode nos provocar dor."

... e fiquei pensando a respeito. Até onde o ser humano prefere sentir que causar dor? A pessoa não quer perder a outra ou não quer perder-se?

[Individualismos. Abstrações. Profusão de descobertas.]


=)

Seja bem-vinda, segundona!

Quase segunda-feira... engraçado isso. Tem épocas que eu desejo que o dia mais temido da semana chegue lentamente; já em outras, espero ansiosíssima. Neste momento não saberia dizer se prefiro que as próximas dez horas sejam breves ou demorem. Inevitavelmente a semana de trabalho será iniciada. Entonces, seja bem-vinda, seguda-feira!

Non sense: Se ficarmos fazendo as mesmas coisas, continuaremos tendo os mesmos resultados...

=)

E o reencontro com minha amiga?

E-mo-cio-nan-te! Que delícia de pessoa ela é. E que gostosa gargalhada tem. Voltou lindona, com um astral ótimo. Magra e loira, como sempre. E os quatro meses de gestação deixaram muitos peitos de queixo caído: os dela naquele decote estão di-vi-nos, ainda que a barriga esteja discreta. (Vamos combinar: ela colocou silicone e prefere a discrição. Tá, é brincadeira. Mas rimos um monte disso). Eu que voltei pra casa meio triste de tanto comer no jantar preparado por sua mamis. Aquela sobremesa de ameixas, ai, ai...

Hm! Quase me esqueço de comentar: entre as malas abarrotadas de quase tudo que os ingleses usam nesta época que lá é a mais fria do ano veio um presente pra mim. Uma liiiinda bolsa (como ela adivinhou, hein, hein?! rss) da griffe italiana Carpisa. Cool!

Ainda não encontrei um presente pra ela. Quer dizer, ainda não cheguei a algo bem legal. Até o final desta semana ela - e o bebê - ganha presentes supimpa. A verdade é que estou imensamente feliz por ter minha irmãzinha pertinho, pertinho novamente. Sublime!


=)

sábado, 24 de janeiro de 2009

Muito legal

E não é que minha filha (eternamente 'inha') achou legal esse negócio de blog?
Tanto gostou que pediu auxílio num para ser tocado à quatro mãos. Dei o empurrãozinho necessário e nasceu o http://www.primaspoderosas.blogspot.com/. Agora as duas blogueiras - ela e sua prima - vão fazer e acontecer. E os poderes destas garotas? Espero não ficar de cabelos brancos antes do tempo.

Minhas orientações foram que blog não é o saudoso "meu querido diário" que as meninas adoravam escrever e os meninos sonhavam ler. Eu tive dois e guardava a chavezinha a sete chaves. Em época de internet, segredos não devem ser expostos em sites. "Isso eu já sabia", a mocinha me respondeu, rss.

Também pedi que consultem o dicionário caso surjam dúvidas teimosas. Sei lá, tem cada palavrinha estúpida solta por aí...

"Mas o que colocaremos no primeiro post?"
Well, sugeri que falassem sobre o legal de ter um blog. "Porque a gente pode escrever coisas", ela disse. É um bom começo, falei. Suspeita, né. Sou a maior fãzona!
Vamos compartilhar pontos de vista e risadas, meninas!

Ah! o título do Primas Poderosas é Menino não entra. Por que será, não?!


=)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Figura ímpar

Sabe quando você sente um misto de saudade-ansiedade-alegria? Passei o dia assim. Minha loira-amada-amiga-irmã, (companheira de todas as horas, mesmo longe. Um viva à era digital!) que esteve em Londres desde o meio de 2008 acaba de voltar para a terrinha.

A dona moça chega agora à noite e eu não consigo disfarçar minha ansiedade por reencontrá-la. Não, não é que eu vá perturbá-la logo no momento em que ela pisar dentro de casa. Preferiria até deixar para visitá-la no find. Porém, contudo, todavia, entretanto elazinha me convidou para estar em sua casa quando ela chegasse. Eba!

[mesmoqueelanãoconvidasseeuiriaporquetomorrendodesaudade.prontofalei!]

Apesar de o relógio virtual ter problemas de fuso, agora são 19h. Vou me produzir para ir ali receber minha amiga.

Te amo, loirão!


=)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Quem sabe...

A uns dias a palavra BLOG ronda meus pensamentos, acompanhada de uma idéia reticente martelando que "eu poderia ter um...". Sem mera coincidência, pois frequentemente leio os de amigos profissionais da área ou não... o fato é que sou atraída por um bom texto, pontos de vista bem escritos. Estou me atrevendo a 'criar' um. Será a prova de fogo pra mim que sou um tanto crítica com relação aos blogs alheios (e a todo alheio que existe à minha volta).

Já ensaiei algo em outras oportunidades, mas foi fogo-de-palha. No Olhaaqui.com criei um onde pretendia falar sobre a Marcia Mãe de Tiago e Manoela; não vigou, embora o primeiro post continue lá.

Bom, para o bem de todos os meus eus, desta vez estou me propondo a não transformar issaqui numa idéia vazia. É oportuno. Estou necessitada de arejar a cuca. Eis a fagulha. Agora é atiçar esse fogo.

Non sense: Entre em cena, universo!
[porque quando desejamos algo todo o universo conspira a nosso favor]



=)