quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ritual da passagem

Uma acne exatamente entre as sobrancelhas, sempre sonhei em me tornar um unicórnio! Mas que não seja aquele Uni da Caverna do Dragão, porque ultimamente tô mais para os tipo Ursinhos Carinhosos. Alguém lembra como eram cuti-cutinhos? Pois é... tô preferindo evitar badalações. Melhor é ficar recolhida em uma nuvenzinha, lendo, arejando a memória, abstraindo, recarregando energias, exercitando a serenidade, silenciando.

Acnes em meu rosto não chegam a ser incômodo, mas estou percebendo a ocorrência freqüente e nem tenho problemas com oleosidade... talvez a fase seja amenizada com uma limpeza de pele [nada mal voltar a me oferecer estes minutinhos de atenção]. Ou vai ver que involuntariamente meu organismo esteja sendo solidário à pré-adolescência de meus filhos. A menina se sente irritada com o maior surgimento de acne que o menino. Como toda boa mãe, eu oriento: “Não mexam nas bolhinhas pra não ficar uma cicatriz feinha”. Mas confesso que é difícil resistir à tentação – mas não impossível. Logo isso passa. Não apertem as espinhas, filhos-lindos-da-mamis!

Aiiin... “logo” a fase adolescente passa... alguém deve estar adubando o pé destas plantinhas, porque os dois estão e-nor-mes, gi-gan-tes, i-men-sos! O moço está maravilhoso com a voz entre graves e agudos e outras características do ritual da passagem. E a moça... bem, a moça está uma “moça”. Socorro!

Quando eram bebês eu os comparava a filhotinhos de outros animais. Aham! Já percebeu como pimpolhos se adaptam aos limites e determinações? Não é à toa que é de pequeno que se torce o pepino. Se não endireitar desde minúsculo, adeus! Educar é simples assim. Um justo (?) sistema de semi-liberdade.

Quando vejo aquelas crianças má criadas, folgadas, penso: essa cria deveria ter sido comida pela mãe assim que nasceu. Porque tem aquela piadinha do recém-nascido que a mãe o olha todo fofinho e diz “aaah, que lindo! Que vontade de comer!”. Depois que o filho cresce sem o comportamento desejado, e quase nunca bem educado, a mesma mãe olha e pensa “me arrependo por não ter comido!”.

Graças, nunca me ocorreu isso com relação aos meus (nem tão) pequenos e não é falso olhar. Não! É que qual a serventia dos limites se não fosse a de serem aplicados? Bingo! Não é o mundo de hoje que está difícil, mas os pais que perderam a noção do perigo. Meu lado Supernanny está sempre presente.

Urgh! Ao reler tudo isso acabei beliscando a tal espinha na minha testa. Lá se foi o ensaio do unicórnio.

=)

Um feliz dia novo pra nós.
Desejando, acontece.


=)

Um comentário:

Nelita disse...

Pois então...! rsrsr
Não sei qual é o pior, se educá-los para o mundo ou mantê-los presos a nós...
Mas, faz parte... já fomos filhos da mamãe tbm... E lutamos por nossa liberdade...Agora é a vez dos nossos filhotinhos... (na verdade ñ sei qdo deixarão de ser filhotinhos)... Mas coragem pra nós.. eles precisam ser gente grande e livres e nós, bem... e nós viver um pouco essa magia cheia de expectativas e sonhos camufludos de fantasia que é a vida...
Bjus neguinha!!!
Te amo assim hooo \_________0________/...