segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sumir ou assumir-se?

Hoje tive a sorte de participar da palestra de Clarice Leal que esteve em minha cidade. Para falar sobre a importância de exercitar gestos engrandecedores na vida, ela abordou o tema “Cabeça, Coração e Coragem” e deu bons sacudidões no público [é... eu estava lá].

Sem mágicas, mas por meio de boas analogias, a psicóloga lembrou que por todo lugar há pessoas cursando pós-graduação em chatice e inconscientes disso. Hmm: "alguns já são doutores", confidenciou. Os seres em questão são aqueles que pegam a vida com a ponta dos dedos, que se a vida está boa está bom, que ficam racionalizando tudo e todos. Que chata essa tal de razão, hein? Insiste em entender, entender, entender.

A vida não foi feita para ser entendida, mas para ser vivida. E cuidado: muitas vezes o bom significa o morno, o mais ou menos, o inimigo do ótimo... é por essas e outras que quando alguém encontra algo ou outro alguém que seja ótimo ao seu modo, o bom (ou morno, ou mais ou menos) acaba sendo sepultado. Cuidado!

Teve um momento em que Clarisse beliscou. Pediu desculpas, mas beliscou. "Tem que ser bom de pegada", ela instigou. Bah! O que se pensa ao ouvir isso? Passe no balcão à esquerda e pegue seu brinde. Entusiasmo, vontade, tesão! A vida requer esse vigor. Comentei antes que a palestrante não trouxe nada de extraordinário. Ocorre que é mais cômodo viver de coadjuvante, embora a passagem pela terra exija que você seja protagonista, que adapte o comportamento apresentado pela outra pessoa para uma situação desejada por você e a seu favor.

"Chegou atrasado, amor? Sem problemas, façamos outro programa"; "Derramou o leite, filho? Não é grave, vamos limpar isso, mas preste mais atenção da próxima vez [claro! ela palestrava para professores e isso é educar]", "A consulta foi adiada? Ah, vou aproveitar essa horinha com outra coisa importante"... e por aí vai. Otimizar! Manter os nozinhos menores que a gente. Simples assim.

Utopia? Não sei... Papo chato? Quem sabe?... Autoajuda? Talvez... Poderíamos fazer um esforcinho para equilibrar mais frequentemente cabeça, coração e coragem.
Ousar mais, viver mais. Motivação.
Nessas minhas percepções deve ter apenas uns dez por cento do que a terapeuta revolveu. Foi citado a obra de Nelson Rodrigues "Perdoa-me por me traíres". Se você não conhece, dê uma pesquisada na pertinência da coisa. Muito bom.

Nascemos cheios de luz. Fato. Contudo, permitimos que nossos disjutores desarmem diante das correntes negativas das broncas, pepinos e abacaxis que encontramos (ou procuramos?) no cotidiano.

As pessoas felizes são boas de pegada. Que tal reverenciar os convites da vida à evolução?

=)

Ao criar o blog, quando "descobri" que dava para fazer um cabeçalho (ou capa, ou como você preferir chamar) personalizado, logo me surgiu de usar a imagem de girassóis. Essa flor é maravilhosa. A cor é intensa e a planta, altiva, com tendência a ficar de frente para o sol. É vivo! Me identifico completamente com o amarelo, mesmo sem saber seu significado. Sabe aqueles filmes que mostram imensas roças de girassóis? Me vejo ali, trocando energias com as flores e tomando a lição de olhar pra frente, enxergar acima...

=)

Delícia (no sentido literal) do dia foi a torta italiana que Gaby levou pra gente em comemoração ao seu niver. Como eu havia esquecido da data (que feio! Estou me tralhando para melhorar isso. Sério.), a queridona não ganhou presente "ainda". Tchan-tchan-tchan-tchan.



=)

2 comentários:

Nelita disse...

Neguinha!!!
Que beleza de comentário!!!
Amei, e vou usar pra relembrar esse tema de vez em quando...
Uiii... juro que vou gerir melhor meus disjuntores... rsrsrs
Bjus lindona...
Muita luz em sua vida!!!

Marcia Silva disse...

Muita energia pra nós, precisamos lembrar o tempo todo sim. Beijão!